Tão esperado quanto um grande torneio esportivo é o pôster oficial para representar o evento. Por vezes se contrata um estúdio, uma agência para tocar o trabalho, ora por via de concurso. Por esse último meio, a organização do torneio de tênis de Wimbledon em conjunto com a ESPN promoveu esse ano o desafio da criação do pôster que constituísse graficamente uma das competições mais antigas no esporte.
A competição foi vencida pelo americano David Bartholow, que se inspirou e conceituou o layout pela luz do verão londrino, a mística de Wimbledon, os tons de cor e a geometria que a quadra central apresentam. A ex-tenista Chris Evert, que participou da comissão julgadora deu sua opinião: "Eu gostei deste cartaz, porque é limpo, abstrato. Menos é mais. Eu gosto das cores, simplicidade e classe".
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Pôster vencedor do concurso, considerado tradicional, simples e representativo pelos julgadores |
Em disputas como essa, o ponto principal é conseguir representar detalhes fundamentais que o evento ou o local possui. É possível expor de maneiras simples e inteligentes, sem precisar lançar mão de ingredientes muito complexos. É fazer quem está vendo dar aquele click na mente e pensar que o trabalho resulta na coerência de fatos e elementos. Bartholow pode não ter sido o trabalho mais belo, ou técnico, contudo foi o mais representativo para quem julgou no concurso.
Temos aqui dois outros exemplos de trabalhos que participaram do concurso, o primeiro do vice-campeão Steve Gulla e o outro de Julie Kraulis. Steve se utilizou da paleta de cores correta, vazou a raquete de tênis no centro, o desenho da rede logo abaixo. Julie foi para o lado mais humorado, tendo as bolas de tênis como figuras principais, representando personagens que frequentam as quadras. Olhando as três artes, podemos considerar que a competição foi justa ou não?
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Pôster do vice-campeão do concurso, Steve Gulla |
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Trabalho de Julie Kraulis, um dos mais interessantes na disputa |
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